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José Nogueira dos Reis
Propriedade:
José Nogueira dos
Reis
Direcção:
José Nogueira dos
Reis
Endereço Postal - Rua da Barreira, nº12.
Código Postal -
5070-411 StªEugénia
Telemóvel:
938415615
Telefone do Emprego - 259646486
Publicação -
Quinzenal
Nº - 2
Série - 0
Ano - 0
Ano Cristão
- 2002 |
Editorial
José Nogueira dos Reis Rua da Barreira, Nº12 5070/411 Santa Eugénia Alijó Telemóvel - 938415615
E-mail: JNogueiraReis@sapo.pt
Homem Culto de Santa Eugénia, contribuiu para o avanço desta gente, em quase todas as áreas. Sempre disposto
a ajudar os seus conterrâneos, teve o azar de nascer adiantado no tempo. Cultivou quase todos os meandros da cultura, desde
a Filosofia à História, passando pela psicologia, até à Internet. |
Mais uma vez, hoje, acontece a publicação deste pequeno boletim informativo.
Tal como no Boletim Experimental, Pretendo com isto, manter minimamente informados,
todos os oriundos desta nossa maravilhosa freguesia.
Os temas predominantemente aqui tratados serão:
1-O que se passa de relevante na nossa aldeia no espaço de tempo de quinze em quinze
dias; desde nascimentos a casamentos, passando por óbitos, até à politica.
2-Conto também inserir algumas noticias do nosso concelho e até distritais .
3-Incluírei também artigos e trabalhos pessoais, bem como, temas de cultura geral,
tais como:
História, filosofia, sociologia e politica.
4-Estou também disponível, e, muito gostaria que os nossos conterrâneos participassem
interactivamente nesta nossa modesta publicação, enviando-me os seus trabalhos:
A direcção | |
Click nas fotos e ou barras; Se não abrirem, click no espaço - deixado por
ela onde elas deveriam estar.
Viva Santa Eugénia
.Santa Eugénia
Por
José Nogueira dos Reis
José Nogueira dos Reis
Rua
da Barreira, n.º12 - 5070/411 Santa Eugénia
História de Santa Eugénia
Santa Eugénia
Falar de Santa Eugénia
Falar de Santa Eugénia, é deixarmo-nos envolver por um certo transe, deslizando a tinta ao sabor daquilo que
nos ocorre no pensamento, é sentirmo-nos num espaço tão ínfimo, mas tão grande, tão nobre, que todas as palavras que se possam
utilizar, é apenas um pouco daquilo que sentimos desta maravilhosa terra.
Freguesia com profundas raízes históricas, materializadas no belíssimo património cultural e na memória colectiva
das suas gentes.
São múltiplas as potencialidade turísticas: a beleza natural das suas serras, as aprazíveis paisagens, o rio
«Tinhela», a gastronomia e o património arqueológico, construído, etnográfico e artístico, constituem a identidade natural
e cultural desta belíssima aldeia.
Orgulhamo-nos pois de expor e tornar acessível a todos, através desta nova forma de comunicar, os traços gerais
que caracterizam esta terra «Transmontana». Quem nos visita pela primeira vez, dificilmente escapa ao desejo de visitar novamente
este lugar deslumbrante.
Autor
José Nogueira dos Reis
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Tempos longínquos
F oi por volta do século III a.C.
que o fenómeno da romanização se fez sentir no ocidente peninsular, atraídos pelas riquezas
naturais. O actual território nacional foi ocupado depois de sangrentas
lutas travadas com os povos indígenas (tribos celtas pertencentes à grande família dos lusitanos).
A
permanência
romana não foi inócua nem desguarnecida de sentido de oportunidade. Assim, por questões militares (defesa) e económicas, organizavam
política e administrativamente todo o espaço físico conquistado e sob o seu domínio, por forma a haver um melhor controlo
do território ocupado. Contudo a consolidação das políticas colonizadoras passavam também pela estratégia de criação de infra-estruturas
que assegurassem toda a operacionalidade de circulação de mercadorias, pessoas, exércitos, ideias, etc..
A
sua presença deixou, embora de modo desigual, marcas materiais
bem visíveis em todo o país . É neste campo que a freguesia de Santa Eugénia mostra vestígios de uma ocupação peculiar .
Autor :
José Nogueira dos Reis
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.Património
Arqueológico
Santa Eugénia, conserva
um vasto conjunto de monumentos e sítios arqueológicos autênticos que preservam e perpetuam a memória ancestral de outras ocupações humanas com estádios de desenvolvimento cultural, social, económico e religiosos muito
próprios dessas civilização em épocas distintas, em que o legado cultural por elas deixado, que o tempo e a modernidade não
conseguiu apagar, faz a história da freguesia nos tempos mais longínquos, desde
a Pré-história à Idade Média. |
.A
Origem da Povoação
A ocupação humana do território onde hoje é o lugar de Santa Eugénia, remonta aos tempos da mais
longínqua pré-história, conforme o mostram inúmeros achados arqueológicos nas redondezas, que nos dão o testemunho de
indústrias líticas (paleolíticas e neolíticas) implantadas na região.
Um dos centros arqueológicos da Freguesia, onde existem : uma fonte Romana,«Fonte de Mergulho»,
a «Laje do Concelho», a «Igreja matriz», um «Cruzeiro», um «Chafariz» e «Casas Brasonadas», é o centro da aldeia. |
Achados Arqueológicos
Várias são as moedas romanas achadas em diversos locais das redondezas pertencentes actualmente ao
concelho Alijó, encontraram-se algumas com legendas tais como "NERVS CLAVDIVS AVGVSTVS" ou ainda "VESPASIANVS AVGVSTVS", ambas
referências a nomes de imperadores romanos do séc. I.
Outro centro arqueológico são as Grutas Rupestres, na freguesia de Carlão, limítrofe de Santa Eugénia..
Esta Aldeia de Santa Eugénia
Terra de beleza, terra de vaidade/Aldeia pequenina onde reina a mocidade. Neste encontro de duas «regiões»
naturais, acontece o abraço «Actico |
Neste encontro de duas «regiões» naturais, acontece o abraço «Actico» |
Um Pouco de «História acerca de Santa Eugénia e alguma «Lenda». |
A «Anta da Fonte Coberta», no lugar da Chã, a cerca de sete Km(7Km) daqui. |
Uma «Via Romana», a oito/nove km (8/9 km), e outra a doze/treze km (12/13Km |
Em duas saídas de Santa Eugénia, uma em direcção a Alijó - vale de Maior - , onde existia uma via Romana
e outra em direcção a Murça - Rio Tinhela - onde ainda se encontra em bom estado de conservação uma Calçada Romana, julgo
terem existido até há vinte e cinco anos (25), anos oitenta (80), duas "Calçadas Romanas", a saber:
"Calçada do Rapa lobos e Calçada do Corisco". | |
Fundação
A fundação da povoação de Santa Eugénia, é atribuída aos Suevos, a fazer Fé na origem do seu
culto, é muito provável que tenha existido qualquer fortificação romana, a julgar pela abundância de vestígios nas imediações
Em relação ao topónimo "Santa Eugénia", existem lendas e mitos, mas, sabe-se cientificamente que é
de origem Grega. |
.Interesse e ou Importância
Pela inegável
importância cultural, turística e didáctica de tal património a Junta de Freguesia, nomeadamente sobre a orientação de José
Nogueira dos Reis, vem desde Janeiro de 2002 a implementar uma série de acções no âmbito do estudo/investigação, da recuperação/restauro,
da preservação e, finalmente, da divulgação e dinamização das estações e monumentos arqueológicos, tudo para o garante da
memória histórica do passado que consubstancia a identidade cultural do povo no
presente e, por conseguinte, no futuro. | |
. Agradecimento
Agradeço a Deus, a meus
pais, a toda a população de Santa Eugénia, a mim próprio e a meus filhos, tudo o que sou, fui e serei.
Não posso deixar de aqui
fazer referência a um verso que escutei numa desgarrada ao «desafio» - O meu avô foi a semente e a minha avó foi a terra.
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.Historial de Santa Eugénia:
1- Historial : Santa Eugénia, situa-se a cerca de 15km. de uma das saídas da I.P.4-Pópulo.
Tem a área Aproximada de: 779 ha
As Freguesias limítrofes são: A Norte - Pegarinhos; A Sul - Carlão; A Este - Candedo (esta do
concelho de Murça); A Oeste - Casas da Serra (lugar da freguesia de Carlão) |
Orago:
Santa Eugénia
Topónimo: Eugénia, de origem grega, significa Bem Vinda, Bem Aparecida, de Boa Linhagem
Os Primeiros Povos remontam ao período Megalítico; Comprova-o o facto de nas redondezas
existirem ainda Pinturas Rupestres, Dólmenes e Antas; aqui segundo se conta uma pintura Rupestre foi destruída aquando da
busca de Volfrâmio (contou-mo variadíssimas vezes, Francisco Henrique, Francisco Henrique Novo e Artur Coelho dos Reis. Prova-o
também o seu culto de origem sueva. Da época Romana existe, em pleno estado de conservação, uma «Fonte de Mergulho», aqui
denominada «Fonte de Baixo». |
. Laje do Concelho
Marca de tempos remotos, estão,
bem patentes, na «Laje do Concelho»
Concelho - substantivo masculino.
Significa : Circunscrição
administrativa;
Subdivisão de Distrito;
Município.
Latim – conciliu.
Significa – Assembleia.
É precisamente da acepção
Latina, que esta «Laje do Concelho», herdou o nome. Era o local onde os «vizinhos»(antigo nome dado aos habitantes bons),
se reuniam em assembleia, quer para eleger os seus dignos representantes junto de entidades hierarquicamente superiores (exemplo:
Nos órgãos concelhios), quer para resolver problemas respeitantes a si próprios e/ou à localidade. Servia também de «Tribunal
Moral», isto é:
Ali eram publicamente denunciados
os maus actos e seus praticantes. O malfeitor, ou se emendava, ou era simplesmente arredado do mais simples convívio com os
vizinhos.
Por sorte do destino, tinha
esta «Laje do Concelho» uma outra função. Era precisamente o local de marcação limite, da altitude máxima permitida pelo Marquês
de Pombal, para autorização de «benefício».
Esta mesma «Laje do Concelho»,
situa-se precisamente no inicio da rua Marquês de Pombal. Coincidência ou propósito desta estranha relação, entre a
«Laje do Concelho»(um pouco abaixo dos 500 metros de altitude) e a rua «Marquês» de Pombal - autor da marcação da mais
antiga região demarcada - , com toda a modéstia, não o sei. Acho apenas uma coincidência demasiado coincidente.
Vou, para um melhor entendimento
deste sítio, fazer uma retrospectiva histórica, de uma forma sucinta;
Pelouro – D.João
I, por carta Régia de 13 de Junho de 1391, descreve as grandes tropelias que as eleições para os concelhos provocavam “Grandes
Sayoarias e rogos”, através das quais só se criavam grandes ódios entre os «vizinhos».
Na dita carta Régia determinava-se
o 1º recenseamento eleitoral que Portugal teve. Nele se mandava que os oficiais do governo fizessem «róis».(...) o nome era
escrito num papel separado e metido numa bola de cera, chamada pelouro – daí o nome dos actuais pelouros das vereações
– eram estes, por sua vez, metidos numas caixas a que hoje damos o nome de urnas e então se chamavam «capelos».
Mas as queixas de fraudes
eleitorais continuaram, pois, tem-se conhecimento de que esse problema foi posto também nas cortes de Évora de 1451.Outras
dificuldades atravessou o processo de eleição dos «edis», e não menor foi a de em certos concelhos haver tantos indivíduos
com privilégios religiosos ou dados pelo rei, que por eles se esquivavam os cargos para que eram eleitos. Estou absolutamente
convencido, de que estas fraudes e problemas, sempre se mantiveram, mas, também, a necessidade dos «vizinhos» de beneficiar
de um executivo local, que compreende os problemas da terra e dos homens do respectivo concelho.
Então, os caciques, ontem
como hoje, procuram eternizar-se no poder. Uma das formas mais antigas de o fazer, era e é, amedrontar os mais necessitados.
Para tal, é absolutamente necessário, exercer algum modo de pressão e/ou controle. A fórmula aqui encontrada (e não só aqui),
era dar-lhe uma aparência «séria», fazendo eleições para escolha «livre ?», pelo menos na aparência, mas de dedo no ar!!!.
Porque assim, as pessoas de condição social inferior, com medo de represálias futuras, elegiam quem os mais privilegiados queriam. Essas eleições, eram realizadas na LAjE DO CONCELHO .
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