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A Religião e a Mulher

A Religião, porque filha da Civilização, é não só uma edificação do homem - não é a Lei da sorte e do azar, ou melhor, a Lei do Acaso, que na nossa Cultura, existe um Deus (Macho) e não uma Deusa (Fêmea) - como algo de diferente, de distinto - sem merecer distinção alguma - daquela outra "Religião" que existiu no tempo da civilização «Matriarca».

Após a mudança dessa Civilização, dessa Cultura, para a actual, a saber, a «Patriarca», o ser dominante desta - o homem - , não mais se escusou a esforços no intuito - largamente conseguido - de arredar a Mulher do protagonismo e estrutura principal do Culto.

Julgo poder afirmar, sem receio de que esteja a cometer falso perjúrio e ou uma qualquer forma ou maneira de inverdade,

que "Paganismo", era numa boa parte das situações, bem mais tolerante com a mulher, do que o tem sido - e julgo ter continuidade - o Cristianismo, para não falar do Islamismo e do Judaísmo!!!

Recorde-se a «Deusa» Deméter e as Sacerdotisas...

 

  Não deixa de também ser óbvio, que os «Deuses» têm sido bem mais lentos a conceder à Mulher as conquistas, os direitos, as regalias, a afirmação pessoal, adquiridos - embora com muito esforço - nos planos Económico, Politico e Social.

Contudo, o que mais me «Espanta e Choca» - a mim e, sou homem!!- é o facto do atrito, resistência, colocação de obstáculo após obstáculo, Prática continuada,  aconselhada, ditada como lei em muitos casos, por parte da hierarquia Católica, materializada e conseguida através dos seus «dignos» representantes, à Emancipação, que para além de ainda não ter fim à vista, tem vindo a endurecer - ao mesmo tempo que também a luta da mulher pelos seus direitos - a cada dia e conquista acerca das pretensões do sexo forte.

Como bom exemplo do que acabo de referir, tenha-se presente o reforço que o actual Papa - Paulo VI  - tem vindo a efectivar, quanto a uma crescente aproximação, presença, afirmação e protagonismo da mulher na igreja, dando como encerrado o tema de uma possível - e até necessária para a própria continuidade do Catolicismo ao nível dos seu ritual e culto - ordenação alargada ao sexo feminino.

 
Quanto a mim, a visão actual e futura de um Papa que já nasceu «Néscio», sempre foi «Demente» e há muito que está «Senil», é de tal forma exíguo que nem tão pouco consegue ver a importância que a personagem «Virgem Maria», Mãe de Jesus Cristo, vem há muito ganhando dentro do Cristianismo e, a sua semelhança com Mulher, Esposa e Mãe!!!!

É sabido, que essa importância  - da Mãe de Deus - se iniciou, melhor, apenas é conhecida ou só apareceu,

 no século IV e veio preencher o vazio existente pela ausência de uma marcante divindade feminina no

Cristianismo; É mais que provável, é  de probabilidade próximo de 1, que o Cristianismo foi buscar à

divindade concorrente, a Deusa Isis, as suas litanias - Procissões, súplicas - , pois, se a relação entre os

«Deuses» e as mortais é esquiva  ao Judaísmo, é concebível noutras religiões, como por exemplo a Grega.

Por conseguinte a gradual preponderância da Mãe de Deus e do Mundo - o culto Mariano - , patente por

exemplo no «milagre» de Fátima, espelha a míngua da igreja católica em criar uma personagem, onde se

pudesse evidenciar a religiosidade no feminino.

Claro está, que este crescente «Marianismo», aduz um perigo ou pelo menos grande preocupação para a

igreja católica, que é o desaparecimento «Cristocentrismo» - Jesus Cristo como figura central do próprio Cristianismo - , bem patente na recente construção de um templo ao Santíssimo Sacramento  em Fátima. Pois, o centro teológico e litúrgico, é o «Sancta Santorum», o Verbo e a Cátedra.

Analisando o que tenho vindo a expor, não é de difícil conclusão, o facto de que o Cristianismo, após a introdução - no Sec.IV da importância da Mãe de Deus - tem dois lados,  a saber

O masculino, dominante e principal e o Feminino, secundário e lateral

No primeiro (1.º),  está o Homem-Deus e o sumo, a essência, o âmago, o alento da teologia:

Criação e Escatologia Redentora, Salvadora, messiânica.

 O Altar-Mor, é o seu espaço no Templo.

No segundo, Está a Mulher e a Aparência Religiosa:

Virgem Maria, Nossa Senhora, Mãe de Jesus, Santos e Santas - São José,  Santa Bárbara, etc. - , objectos de "Devoção Emotiva".

O Seu Espaço no templo, São, Regra Geral, os "Altares Laterais".

Deus, invisível, nos confins do universo, longínquo, sumido, encoberto, irrepresentável, absorto, alheio, desatento, perturbado e perturbante, duvidoso e abstracto que nos quer incutir a teologia, o povo prefere a representação, o

 mando, governo, dominação e a visibilidade do divino.

A teologia, é «fidalga», «superior», «proeminente», «aristocrática» e «espiritual», «inteligente», «lógica», «finória», «racional», «manhosa e «ardilosa»; a religião popular é «impressionante», «comovente», «emotiva», «benévola», «afectiva», «sensível» e «sentimental».

Não existe inocência alguma, em todo o simbolismo da construção do "Templo de Fátima", em honra da Santíssima Trindade, para o qual, a primeira pedra é propositadamente mandada vir de Itália e para além disso, é do Próprio

Túmulo de «São Pedro" !!!

É que há que abrandar, debilitar, diminuir, atenuar, abater a carga, o ónus, o incomodo, o embaraço, o fardo, a responsabilidade, o peso alto, demasiado, descomedido, subido, excessivo do culto por Maria!!!, pois, faz

esquecer o fundamental, o essencial, o básico, o capital, o importante, o primário - O Cristocentrismo.

Autor:

José Nogueira dos Reis